As mercadorias de alto valor agregado, como medicamentos, cigarros, autopeças, combustíveis, TVs, aparelhos celulares, computadores e outros eletrônicos, são alvo de quadrilhas especializadas.

Por isso, nas estradas esses criminosos já sabem com muita precisão e antecedência quais as cargas que os transportadores carregam e suas rotas.

Como no Brasil o modal terrestre é a principal estratégia de escoamento de mercadorias, responsável por 61% de participação entre os outros modais, as rodovias brasileiras carecem de fiscalização e investimentos para melhorar suas condições físicas, especialmente aperfeiçoar os sistemas de tráfego que possam inibir a ação dos criminosos.

Os motoristas de caminhão também enfrentam outros desafios, como o roubo durante as paradas de descanso, bem como ocorrências no período noturno e em áreas urbanas.

De acordo com levantamento da consultoria FreighWatch Internacional, a região Sudeste é a mais afetada (84,79%), sendo que os Estados do Rio de Janeiro (41,39%) e São Paulo (39,39%) encabeçam as ocorrências.

 

Prejuízo com roubo de cargas chega a 900 milhões na região Sudeste

Em valores, o prejuízo da região Sudeste é de R$ 937,76 milhões, enquanto a região Norte contabiliza R$ 238,96 milhões; Sul, R$ 152,13 milhões; Centro-oeste, R$ 108,03 milhões; e Norte, R$ 36,25 milhões.

O levantamento também aponta os trechos mais perigosos de Norte a Sul do país, como a BR-116 (Paraná – São Paulo e Rio de Janeiro – São Paulo), BR-101 (Rio Grande do Norte – Rio Grande do Sul), BR-050 (Brasília – Santos), BR-040 (Brasília – Rio de Janeiro), entre outras.

Das cargas que são alvo dos criminosos, estão aquelas com valor agregado e fácil repasse aos interceptadores, como alimentos e bebidas, eletroeletrônicos, cigarros, farmacêuticos, químicos, têxteis e confecções, autopeças, produtos agrícolas, higiene pessoal e limpeza, entre outras.

Dispositivo antijammer

As empresas que transportam mercadorias e alto valor agregado precisam se prevenir com treinamento dos motoristas e principalmente investimento em tecnologia.

Uma dessas soluções são telemetria e sensores que podem ser instalados em locais estratégicos do caminhão.

A Forza Tecnologia possui como um dos serviços o sistema antijammer.

Em caso de neutralização do jammer, o dispositivo realiza a imobilização gradual do veículo, possibilitando, com isso, localização do caminhão.

Essa solução ajuda não só na segurança dos motoristas e das cargas, mas aumentam a eficiência do motorista na estrada e eventuais correções do trajeto.

Aliás, outro modo de se prevenir é planejar rotas mais seguras e em horários menos perigosos e planejamento de paradas em locais mais adequados.

O gestor precisa dar prioridade aos trajetos diurnos.

Porém, sendo necessário realizar o transporte à noite ou se o trajeto é longo, o motorista deve evitar parar em locais pouco iluminados ou contratar ajudantes desconhecidos.

Mesmo a distância, o gestor consegue verificar onde estão os motoristas e se estão passando por algum trecho perigoso.

Olhar atento a esses detalhes podem minimizar os roubos de carga.

Isca de carga: o que é

Outro serviço bem efetivo é o de iscas na carga. São rastreadores em forma de miniatura, totalmente descartáveis, que ficam distribuídos aleatoriamente entre as mercadorias.

Isso ajuda muito na localização do produto em caso de roubo.

A isca de cargas é recomendada a frotas de qualquer tamanho e para proteção de mercadorias de alto valor agregado.

As iscas são retornáveis, usam tecnologia GSM/GPRS/GPS/LBS/RF e elevada autonomia de bateria, já que a mercadoria vai rodar várias horas na estrada.

Há casos em que os criminosos conseguem neutralizar o jammer, mas acabam sendo capturados pela ação das iscas de carga distribuídas pelas mercadorias.

É um equipamento de redundância, mas que pode se tornar essencial numa eventual ocorrência.

Portanto, a palavra de ordem para quem está na estrada, transportando mercadorias de todos os tipos, é investir em rastreamento veicular, especialmente em tecnologias que podem coibir a ação dos criminosos.